

As escolas do Critique se reuniram nos dias 22 e 23 de abril, na Escola da Vila e na Escola Viva, em São Paulo, para o 1º Seminário Educação para Sustentabilidade.
Cada uma das 5 escolas já havia enviado previamente à coordenação do Critique, liderada pela educadora Sônia Barreira, da Escola da Vila, uma prévia dos desafios, do histórico, das principais realizações e conceitualizações e das agendas das instituições, além das possibilidades de trabalho conjunto.
Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar detalhadamente suas experiências e de aprofundar a troca de saberes sobre as práticas escolares. Ao final, priorizaram desafios comuns, listaram propostas futuras e chegaram a um consenso sobre os princípios norteadores da educação para a sustentabilidade.
Participaram do seminário as educadoras Luciana Gerhard e Simone Gomes Pereira, da Balão Vermelho/Mangabeiras, em Belo Horizonte, Camila Bassols e Lidiane Torres, do Centro Educacional Viva, no Rio de Janeiro, Bruno Maia e Carlos Alberto Nascimento, da Escola Parque, também no Rio, Sonia Tokitaka, Thais Milano e Heloisa Pavan, da Escola Viva, e Celina Martins, Fernanda Flores e Matheus Moreira, da Escola da Vila, em São Paulo.
Assista ao vídeo do encontro e veja mais abaixo os princípios acordados pelas escolas do Critique.
Princípios norteadores da educação para a sustentabilidade
As escolas do Grupo Critique, compreendendo a emergência de promoverem uma sólida educação socioambiental, assumem em conjunto alguns princípios norteadores* deste trabalho.
Princípio da Responsabilidade – Entendemos ser responsabilidade da escola promover formação socioambiental que possibilite que crianças e jovens compreendam, valorizem e atuem em defesa da sustentabilidade social e ambiental em diversos contextos.
Princípio do Compromisso de todos – Esta formação, ampla e complexa, será mais efetiva à medida em que envolver toda a comunidade interna (alunos, famílias, educadores, funcionários) em diálogo permanente com agentes externos, construindo redes de colaboração e participação que desenvolvam ações sistêmicas, articuladas e permanentes.
Princípio da Coerência – Nossas escolas devem garantir a coerência entre os valores e princípios que norteiam as práticas pedagógicas com os critérios e fundamentos da gestão administrativa-financeira, funcional e empresarial.
Princípio da Formação Profissional – As escolas devem promover processos de atualização e formação sobre a concepção de sustentabilidade com a qual operam para garantir que todos os seus colaboradores, novatos ou experientes, possam compreender as práticas que desenvolvem e agir em sintonia com elas tanto no contexto escolar como em outros de sua vida pessoal.
Princípio da Diversidade de Saberes – As escolas do G.C. entendem que devem promover o diálogo entre a cultura científica, pautada na racionalidade e informação qualificada com outros saberes associados à cultura e à arte, incluindo os saberes tradicionais de diversas origens, apostando numa nova ecologia dos saberes.
Princípio das Práticas sustentáveis – As ações das escolas do Grupo Critique se orientam para a construção de uma cultura de práticas sustentáveis em todas as dimensões da existência.
Princípio metodológico – As escolas do GC assumem que os processos de educação socioambiental devem incluir: sensibilidade, encantamento, empatia, relacionamento interpessoal, cooperação, conhecimento e cognição.
O Seminário também contou com a produção de textos reflexivos desenvolvidos por educadores. Confira-os:
- O Funeral de Okjökull
- Escola e cidade: ampliação de diálogos
- A Cura do Planeta
- Por que a escola precisa falar sobre o fim do mundo?
- Quem é você no planeta?
- O que é educar para sustentabilidade?
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* As Escolas do Grupo Critique (Balão/ Mangabeiras, Centro Viva, Parque, Vila e Viva e) encontram-se em distintos momentos de maturidade em relação a educação socioambiental. O 1º Seminário Interno sobre o tema permitiu forte troca de experiências e resultou neste compromisso conjunto. Algumas das escolas já colocam em prática esta visão e outras estão tratando de construir e fortalecer ações dispersas e pontuais a partir deste marco conceitual.