

Por Claudia Aratangy, diretora do Centro de Formação da Vila
Quem paga a conta da educação pública?
O Ministro Lino Coutinho, que embora fizesse parte do governo, se opunha a Dom Pedro, em seus relatórios de 1831-36 sobre a implantação da Lei de 1827 denunciou o mau estado da educação no país.
Argumentava que, apesar dos esforços e gastos do Estado no estabelecimento e ampliação do ensino elementar, a responsabilidade pela precariedade do ensino elementar era das municipalidades pela ineficiente administração e fiscalização, bem como culpava os professores por desleixo e os alunos por vadiagem. Admitia, no entanto, que houve abandono do poder público quanto ao provimento dos recursos materiais, como os edifícios públicos previstos pela lei, livros didáticos e outros itens. Também apontava o baixo salário dos professores; a excessiva complexidade dos conhecimentos exigidos pela lei e que dificultavam o provimento de professores; e a inadequação do método adotado em vista das condições particulares do país.
A terceira parte da história da docência no Brasil está disponível aqui. Acesse os outros capítulos nos links abaixo:
- Parte 01: Ratio Studiorum
- Parte 02: Marquês de Pombal