O Construtivismo é um marco teórico que sustenta práticas pedagógicas que valorizam a atividade mental e a interação como necessárias para a assimilação dos conceitos, procedimentos e atitudes. Faz parte deste marco teórico um conjunto de autores da área da psicologia do desenvolvimento e, mais recentemente, outros autores que deram prosseguimento às pesquisas que utilizam essas referências.
O construtivismo não é prescritivo, não propõe uma maneira ou uma fórmula de ensinar: ele fornece elementos para analisar se a prática pedagógica oferece ou não as condições necessárias para o aluno aprender. Ele inspirou muitos movimentos de renovação pedagógica e deu origem a projetos educacionais singulares, distintos entre si, que mantêm em comum os princípios de uma base teórica múltipla que tem o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem.
Alguns destes princípios são:
A aprendizagem se dá pela construção de conhecimentos, e não via transmissão e memorização. O aluno é o protagonista. Para poder assimilar o conhecimento construído historicamente pela sociedade na qual está inserido, ele precisa compreender e reconstruir as informações que recebe.
O papel do professor é fundamental, ele deve atuar como especialista em desenhar boas situações didáticas que levam o aluno à reflexão. É o mediador qualificado entre o aluno e o saber.
A intencionalidade educativa deve nortear a prática pedagógica construtivista, ou seja, a escola e o professor devem ter intenções claras de promover certas aprendizagens, por serem promotoras do desenvolvimento humano.
Uma escola construtivista entende que a trajetória da aprendizagem não é linear. Isso implica atendimento à diversidade, em oposição à padronização e métricas de sucesso. Os aspectos emocionais e subjetivos são importantes no processo de aprendizagem escolar.
O erro é parte essencial do processo de aprendizagem, ele deve ser analisado e trabalhado pela escola, e não perseguido e corrigido para que não ocorra novamente.
Numa escola construtivista, o trabalho coletivo é fundamental. Não são ações isoladas ou superpostas que promovem o desenvolvimento do aluno como ser humano, mas sim o trabalho do grupo. A aprendizagem coletiva é fator de sucesso para as individuais, e vice-versa. A interação é elemento chave do processo de aprendizagem. Portanto, o debate, a escuta e o diálogo são ferramentas indispensáveis ao processo de ensino e aprendizagem.
A construção da moralidade é parte da responsabilidade da escola, em parceria com a família. Autonomia intelectual e moral são inseparáveis e necessárias para constituir uma ética para a vida.
